O 1 de abril é conhecido como o Dia das Mentiras, uma data associada a partidas e piadas inofensivas. Mas será que todas as brincadeiras são, de facto, inofensivas?
Quando a piada deixa de ser partilhada e passa a ser vivida à custa de alguém, é importante parar para pensar. Para muitas crianças, o que parece apenas uma “brincadeira” torna-se o início de um ciclo de exclusão e humilhação — um tipo de bullying disfarçado de humor.
Quando a brincadeira deixa de ser divertida
A fronteira entre brincar e magoar é subtil, mas real. Expressões como “foi só a brincar” ou “não foi por mal” são frequentemente usadas para justificar comentários que ferem e isolam. Frases como “ninguém te quer no grupo” ou “ficas sempre para o fim” podem parecer banais, mas têm um impacto devastador na autoestima de uma criança.
De acordo com a UNESCO, 1 em cada 3 alunos no mundo já foi vítima de bullying, sendo a maioria dos casos iniciados por brincadeiras recorrentes e desprezo social disfarçado de piadas (UNESCO, 2019). A Organização Mundial da Saúde reforça que o bullying está diretamente associado a quadros de ansiedade, depressão e até ideação suicida entre crianças e adolescentes (OMS, 2020).
Prevenir o bullying com empatia desde cedo
Tal como reforçado pela Direção-Geral da Educação através do programa Escola Sem Bullying, Escola Sem Violência, é essencial que a prevenção comece logo nos primeiros anos de vida, com o desenvolvimento da empatia, do respeito pela diferença e da comunicação emocional (DGE, 2024). A promoção de um ambiente escolar saudável depende de todos — professores, auxiliares, famílias e, claro, das próprias crianças.
Atividades como rodas de conversa, jogos de papéis, leitura de histórias e dinâmicas de grupo são estratégias eficazes para ajudar os mais pequenos a reconhecer os sentimentos dos outros e agir de forma respeitosa.
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Recursos para educar com respeito
A plataforma Youbig.pt disponibiliza materiais pedagógicos que ajudam pais e professores a abordar temas como o bullying de forma lúdica e construtiva. O jogo No Bullying Zone, por exemplo, foi concebido para trabalhar situações reais de exclusão e desenvolver competências sociais, como a empatia, a cooperação e a escuta ativa.
Este tipo de recurso transforma a brincadeira numa oportunidade de aprendizagem, permitindo que as crianças interiorizem comportamentos saudáveis enquanto se divertem. O livro A Sarinha e a Cegonha Marcolina, também da Youbig, complementa esta missão com uma história que ensina, com leveza e afecto, a importância do respeito pelo outro.
Conclusão
Brincar é uma das formas mais poderosas de expressão e aprendizagem para as crianças. Mas brincar com empatia e consciência é o que torna essa experiência verdadeiramente transformadora. Neste Dia das Mentiras, desafiamos-te a escolher brincadeiras que acolham em vez de excluir, que façam rir sem magoar, e que ensinem o valor do respeito.
Escolher o jogo No Bullying Zone, da Youbig,, é um gesto simples que pode fazer toda a diferença. Ao educar com amor, estamos a criar um mundo onde todas as crianças têm liberdade para ser quem são — sem medo, sem gozo, e com a certeza de que brincar é, acima de tudo, um ato de cuidado.